sexta-feira, 20 de abril de 2007

De mil cores pinto a minha vida

Sou autodidacta na maior parte das coisas que faço e a pintura faz parte dessa minha vertente. Aliás eu tenho por hábito dizer que o que consigo ver na minha cabeça sou capaz de concretizar com as mãos ou então basta-me um bom livro para começar e lá vou eu. Abençoado seja quem inventou os livros, sem eles eu não teria feito nada. Se ser músico foi uma paixão e uma certeza, pintar aconteceu por acaso ou melhor por influência. Conheço alguns pintores que fazem parte do meu círculo de amigos graças à São e à Moema: Luís Athouguia (a minha influência), Eduardo Petersen, Renato Rodiner, isto para citar apenas alguns. Mas foi o Athouguia que me influenciou mais directamente. Conheci o Luís em 1994 num convívio em casa da Moema e algum tempo depois fomos todos em peregrinação ao convento de Cristo em Tomar, local em que ele estava a expôr os seus quadros. Fiquei maravilhado. Um dos quadros expostos "Flor Monástica" faz parte do meu reduzido acervo pessoal que conta com 3 Athouguias que me enchem de orgulho, mas o primeiro é o primeiro e ainda hoje não deixo de me maravilhar com ele. Para que tenham uma ideia vou deixar aqui 3 quadros de Athouguia que estão comigo. Perdoem se as fotos não são grande especialidade mas não sou fotógrafo.
Estes apenas três exemplos da pintura de Luís Athouguia que recomendo vivamente.












Após a exposição à obra do pintor e tendo eu desenhado muita coisa ao longo da minha vida, principalmente bonecos, a conselho do pintor resolvi experimentar as aguarelas. Fiz umas coisitas, tímidas no começo, mas avancei para o meu assunto favorito, o abstracto. Mais uma vez por influência do Luís que pinta a pastel, escolhi o mesmo material e comecei a pintar. Aos poucos desenvolvi uma técnica, não a inventei certamente surgiu por naturalidade, e fui avançando, explorando aquilo que me ia na alma. Já com alguns trabalhos mostrei-os ao Luís que me incentivou e me disse que nos exemplares exibidos denotava-se qualquer coisa de original e que valia a pena continuar.




A verdade é que depois de algum tempo comecei a vender quadros sem nunca ter feito uma exposição, isto incentivou-me. No final tenho mais de 40 exemplares e penso, um dia, fazer uma exposição. Fazer algo sem grandes pretensões, mas que exiba o meu trabalho ao maior número de pessoas e de certo modo alimentar o ego, o que sabe sempre bem. Nunca serei um Athouguia, mas certamente não deixarei o meu mentor envergonhado. Aqui ficam alguns quadros como mero exemplo do que faço. A verdae é que gosto de cores, gosto de vida e de luz, inspiro-me nos sentimentos e é isso que procuro reproduzir na tela.

Meramente referencial vou deixar os nomes de alguns: Voando no Pensamento, Entrançado de Sonhos, O Nascimento Místico, A Minha Alma É Uma Harpa, Sem Nome e finalmente, O Vulcão De Sentimentos.
Espero que gostem tanto deles quanto o prazer que tive ao pintar. Mais uma vez lembro que não tenho pretensões a grande pintor, mas sempre gosto de mostrar o que faço.

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