sábado, 31 de janeiro de 2009

E SE? O Que fariam?

Pois meus amigos imaginem que descobri que muitas das coisas que nos acontecem na vida por vezes resultam da interrogação E SE? Rebobinando o meu filme do tempo e indo ao encontro de um passado recente, tendo em conta que em breve completarei mais um aniversário, no dia 18 de Março, procurei descobrir os meus E SE! Começando pelo início...

Um amigo meu que conhecera uns tempos antes do meu 49º aniversário, num jantar de bloggers, o Paulo Blade, também dava uns toques de guitarra e a afinidade foi imediata. Encontrámo-nos, ele esteve em minha casa e depois de umas guitarradas, ouvir músicas minhas e até ver alguns vídeos, ele disse-me que eu devia era voltar a tocar que era uma pena eu desperdiçar o meu talento. A Mesma opinião tem o meu amigo músico e produtor Álvaro M. Rocha com quem deixei um trabalho por acabar. Mas o facto é que foi o Paulo Blade quem me deu a ideia. Estávamos em Janeiro de 2008. Na verdade eu há mais de 6 anos que não pisava um palco. Uns dias antes da minha conversa com o Paulo eu fora assistir a um concerto das Black Widows uma fantástica banda feminina de metal. Desse concerto, não obstante serem todos fantásticos músicos, a verdade é que fiquei maravilhado com o trabalho da baterista Ana Maria e da baixista Sara Cardoso. Juntando tudo isto pensei E SE? Se melhor o pensei melhor o fiz, convidei ambas para me acompanharem num pequeno projecto, festejar o meu aniversário em palco. Rapidamente escolhi as músicas, juntei o meu ex-vocalista o Bruno Vale e o meu amigo Paulo Blade, Falei com o dono do Muralhas e o concerto aconteceu tal como contei num dos posts deste blogue. Mas mais do que isso, ganhei duas novas e sinceras amigas que são umas queridas, a Ana Maria e a Sara com quem mantenho contacto permanentes. Algum tempo depois do meu aniversário e por intermédio da Ana Maria conheci uma outra pessoa com enormes afinidades comigo e que em conjuntos nos estimulávamos mutuamente, nasciam ideias e fizemos várias coisas interessantes, muito embora a concretização estivesse muito mais a meu cargo, mas isso é outra história. Através dessa pessoa criámos em conjunto um MySpace cuja direccionalidade era ser um espaço para músicos e aspirantes a músicos. Graças a isso e por que a pessoa em questão muito embora goste de música e de guitarras, a verdade é que não percebe nada do assunto, aí eu comecei a elaborar textos que eram no fundo pequenos manuais com tudo o que era importante saber, em português e inglês, sobre guitarras. Tais manuais foram colocados no blog do dito Myspace e obtiveram alguns resultados imediatos.Aí surgiu mais um E SE? Na verdade era não ficar por ali e continuar a escrever sobre baixos, amplificadores, sitemas de PA etc. Por razões que não interessam mencionar aqui, a dada altura, resolvemos separar as águas e cada um seguir aquilo que achava ser o melhor para si. Resolvi criar o meu próprio MySpace cuja finalidade era dar continuidade ao que iniciara e vocacioná-lo para ser um espaço em que os músicos pudessem trocar informações, experiências e ensinarmos uns aos outros enquanto aprendiamos. Mas, ao mesmo tempo tinha falado da ideia com um director de um um grande grupo editorial que se mostrou interessado nos textos. E SE? repentinamente tal grupo editorial quisesse comprar todos os direitos dos textos e ainda mais alguns por uns milhares de euros? Bem o Myspace criado deixava de existir naqueles moldes e restava saber se valia a pena continuar e como. Resolvi terminar com o Myspace por uma questão de deixar de fazer sentido, sem os tais textos e também por falta de tempo para o alimentar com outro tipo de informação. Apesar de tudo e o mais engraçado é que através dessa tal pessoa conhecida minha com quem tinha feito o MySpace inicial, conheci outra pessoa com uma nobreza de carácter como é raro encontrar hoje em dia, a Sandra, que se tornou minha amiga. Logo percebi como é engraçado o encadear das coisas e como os E SE? podem mudar a nossa vida conduzindo-nos para novos caminhos. Durante o trajecto entre a data do meu aniversário e agora mudei de emprego, mais para a minha área, os instrumentos, mas as coisas não estavam a correr como eu esperava. Entretanto adoeci com uma depressão, o que me fez ficar em casa alguns meses e durante esse tempo acumular ainda mais tensões e ansiedades devido a uma determinada situação que se veio aprovar ser mais uma asneira, daquelas que fazemos quando nos deixamos seduzir pela ilusão, queremos acreditar nela e recusamos olhar a realidade. Aí pensei... E SE? Resolvi pedir alta, atirei-me ao trabalho com afinco e totalmente dedicado a conseguir dar a volta à questão. Acreditem que foi o melhor que fiz e foi o melhor remédio para a depressão e ansiedade. As coisas começaram a encaixar e a correr melhor em todos os sentidos. Mas ao longo de todo este processo contei com a ajuda de verdadeiros e sinceros amigos que não vou mencionar aqui pois eles sabem quem são. E no meio de tudo isto resta-me um E SE? Imaginem que me deixava abater, que me entregava à tristeza, ao sofrimento e a sentir pena de mim próprio. A Esta hora continuaria em casa encharcado em anti-depressivos e na mais completa apatia. Pois é meus amigos abençoados E SES? que a nossa vida nos vai colocando e que nos fazem tomar decisões e continuar em frente. Eu costumo dizer que todos nós temos um passado, momentos de alegria e de tristeza, enganos, desenganos, mas que apesar de algum sofrimento à mistura lá conseguimos ultrapassar até que as coisas menos boas se perdem na memória face ao que de bom nos vai acontecendo. O tempo é como um bálsamo para as feridas e uma porta para as coisas boas e também para os muitos E SES? de que se compõe a nossa vida. Abençoados E SE?

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

As coisas boas da vida

Olá amigos,
Certamente que muitos de vós ficareis surpreendidos que após prolongada ausência do vosso convívio que muito me apraz, e do qual já sentia a falta, depois de um post cheio de mágoas e tristeza, como o anterior, aqui esteja eu de novo a escrever. Pois é, ao fazer uma fazer uma análise a tudo o que se passou ao longos destes meses, descobri que também muitas coisas boas aconteceram e que por vezes, algo menos bom na nossa vida pode, de certa forma influenciar-nos a fazer coisas boas que nos deixam agradáveis recordações. Durante este longo período de sete meses acabei, de uma forma ou de outra de reencontrar velhos amigos, voltei a escrever um artigo para uma revista na qual tinha parado de escrever e com isso revi um músico velho amigo e com ele passei uns momentos agradáveis, o meu amigo Paulo Barros. Um excelente músico, guitarrista da banda Tarântula, foi sem dúvida um bom momento para recordar pois não o via há vários anos. Entrevistá-lo foi um prazer e na verdade foi mais uma conversa entre amigos do que uma entrevista. Ainda nesta linha e devido a uma revista também, a Arte Sonora participei num fantástico almoço como convidado e onde tive a oportunidade de conhecer a Tânia Ferreira, directora editorial e a Mabília Martins, directora de produção, ambas super simpáticas e excelente companhia, contando ainda com a presença de muitas pessoas que conheço ligadas ao meio musical, comércio de instrumentos e também alguns músicos jornalistas da revista. Mas aqui tenho que realçar a presença de um velho amigo e companheiro destas lides do rock em Portugal, o meu caro amigo Sérgio Castro guitarrista e vocalista dos Trabalhadores do Comércio, mas que eu conheci ainda nos tempos de uma outra grande banda nacional que foram os Arte & Ofício. Devo dizer-vos que a seguir ao almoço as nossas anfitriãs, que não se pouparam a esforços para que nada nos faltasse, eu e o Sérgio Castro fomos até à redacção e num convívio mais intimista falámos da revista em que estive de corpo e alma até ao fim, a Promúsica. Mas a conversa animou quando eu e o Sérgio começámos a recordar histórias e episódios de mais de vinte anos de rock e muita poeira de estrada que calcorreámos em percursos que se cruzaram algumas vezes. Creio que ainda agora lá estaríamos a conversar se não tivessemos que ir às nossas vidas, tanto mais que o Sérgio ainda tinha que viajar para Vigo onde reside.
Curiosamente e por motivos que não vou referir aqui, um dia de manhã recebo um telefonema de uma pessoa conhecida a lembrar-me que os Scorpions estavam cá e que nesse dia, creio que 19 de Novembro, iam actuar na Gala do Casino Estoril. Eu perdi o contacto com os Scorpions em 2000 pela altura da gravação do DVD ao vivo no Convento do Beato. Mudei de casa e de telemóvel entretanto e várias outras coisas aconteceram e o contacto perdeu-se. Por causa dessa pessoa amiga que é fã dos Scorpions e gostava de ter um CD autografado deles,resolvi estabelecer vários contactos para chegar até eles. Apesar dos meus contactos serem bastante influentes o em cima da hora era um entrave. Mas como se tratava de uma Gala do Casino e conhecedor de como estas coisas se organizam não me foi difícil adivinhar onde se encontravam hospedados, o Hotel Mirage, em Cascais e pertença do grupo Estoril Sol. Liguei para lá identifiquei-me e pedi para me ligarem ao Matthias Jabbs um dos guitarristas da banda e aquele com quem tenho maior afinidade para além de uma grande amizade. É óbvio que me passaram ao Manager e este depois de eu dar o meu nome contactou o Matthias. Encontrámo-nos com verdadeiro prazer e fiquei a saber que ele já procurara a várias pessoas que me conheciam se sabiam do meu contacto. Estivemos longo tempo em amena cavaqueira e ele logo ali me perguntou se eu ia ver o show, ao que eu respondi que não tinha tido tempo de estabelecer o contacto para o efeito, mas num ápice eu e o fotógrafo que estava comigo, fomos convidados VIP para o excelente jantar servido na gala que teve lugar no salão Preto e Prata do casino, um jantar divino diga-se de passagem, mas que não poderia ter melhor sobremesa do que o fantástico concerto acústico que os Scorpions deram. Tudo isto foi sem dúvida um excelente momento que nunca mais vou esquecer.






Mas o mais importante é que desde então o meu contacto com o Matthias tem sido constante e existem algumas ideias interessantes que podem resultar em projectos comuns, mas isso será algo para falar mais para a frente depois de eu voltar de Frankfurt da feira da música que acontecerá em Abril e na qual o Matthias irá revelar algumas novidades à imprensa e ao mercado internacional. Neste momento os Scorpions estão em estúdio a gravar um disco que acreditem será uma surpresa pelo que me foi revelado.
Mais recentemente conheci um guitarrista com alguma projecção e que tem um estúdio em Aveiro. A partir de uma agradável conversa e guitarradas fiquei a saber dos muitos projectos interessantes que pelo dito estúdio têm passado, sem que alguém tenha conhecimento disso. É evidente que se falou de uma visita ao estúdio uma entrevista, fotos e informação para uma revista da especialidade a Produção Áudio Música. Para mim será mais um prazer. Fora isso o retomar do contacto com algumas pessoas que deixei um pouco à margem durante este tempo, trouxe-me à memória alguns projectos que ficaram em banho-maria, um deles o finalizar de um disco que iniciei com o meu amigo, excelente e talentoso músico e produtor Álvaro M Rocha. Na verdade já temos alguns temas gravados faz já muito tempo, mas acho que está na altura de acabar o que começámos só que incluirei alguns temas novos que tenho na ideia e que em breve os escreverei.
Tenho ainda um projecto que irá tomar forma e que envolve pessoas de que gosto e com quem pude contar sempre pois que em momento algum me abandonaram e compreenderam o meu devaneio, a minha ansiedade e total dedicação a algo que monopolizou a minha atenção. Mas eu saber que as tive e tenho comigo e que muito embora eu nem sempre lhes tenha dado ouvidos, faz-me sentir imensamente feliz. Não posso deixar de mencionar a minha melhor amiga Kuska com a sua paciência, carinho, compreensão e muita sensatez esteve sempre ao meu lado, a minha querida Cláudia que me escutou vezes sem conta e muito se preocupou comigo e que agora está sempre disponível para mim, a minha amiga Sttefie uma voz sensata e carinhosa sem deixar de ser objectiva. A lista continuaria longa e isto não era um post era um novo testamento. No global, por tudo o que já enumerei e por tudo o que ainda está para vir, meus amigos, na verdade posso dizer que sou um homem feliz e que é bom poder contar convosco. Um muito obrigado a todos.