quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Olivia Byington - A Vida é perto

A Vida é perto

Foi no Domingo dia 24 de Fevereiro que me dirigi com a minha amiga Kuska ao antigo Cinema Mundial. Em cartaz estava pelo último dia “ A Vida é perto”, um show da cantora compositora e instrumentista brasileira Olívia Byington. Confesso que sentia alguma curiosidade, muito embora tenha acompanhado algumas das fases da cantora ao longo destes anos, a verdade é que a última vez que a vira ao vivo fora em 1994, quando pela primeira vez veio a Portugal a convite da Fundação Luso-Brasileira. Na altura fiquei na fila dos roqueiros e lembro-me particularmente de uma canção, Caravela, um tema que me marcou para sempre. Para mim Caravela é a Olívia saindo em busca de novos horizontes com muitas coisas boas na bagagem e um mundo no seu olhar.
Este trabalho que tem o mesmo nome da autora – Olívia Byington – é o décimo disco de uma carreira intensa e rica. Inclui 9 temas em parceria com o poeta/letrista português Tiago Torres da Silva e outros nomes como Marcelo Pires, Cacaso e Geraldo Carneiro. Os arranjos são do maestro Leandro Braga e do músico português Pedro Jóia que toca com Olívia nos temas “Clarão” e “Balada do Avesso”. Existem também duas participações de peso neste trabalho, Maria Bethânia em “Mãe Quelé”, uma homenagem a Clementina de Jesus, o sempre irreverente Seu Jorge no tema “Na ponta dos pés”.
O disco é uma pérola e retrata uma Oliva mais madura, mais ciente do seu mundo e da sua vida, uma viagem cheia de momentos e recordações que nos transportam, através da música e da interpretação para outros lugares e momentos. A não perder para quem gosta de boa música, tanto mais que este trabalho marca o regresso da artista à composição.

O espectáculo
A entrada para a sala é feita através da régie do cinema que desemboca num camarim da artista polvilhado por fotos, guarda-roupa e adereços, inserindo-nos num espaço de intimidade qual antecâmara do que está para vir. Chegamos à sala propriamente dita e ficamos surpresos… um palco simples, enfeitado de panos de diferentes cores e texturas, dezenas de livros dispostos ao longo do espaço, público, um pc portátil, uma guitarra e a cantora, eis o que é preciso para um espectáculo.
Fomos recebidos pela autora, simplicidade, simpatia e muito humor. Aquele palco era a sua casa e nós os seus convidados.
Olívia foi pontual e fez questão de frisar isso mesmo iniciando o espectáculo à hora anunciada. Para mim foi uma revelação conhecer um lado da Olívia que nunca vira até então, a grande comunicadora que ela é. Sempre de uma forma clara e bem humorada foi introduzindo as canções, contando histórias da sua vida e trazendo até nós nomes das muitas pessoas que conheceu e que de uma forma ou de outra a influenciaram. As canções fora surgindo naquela que é para mim uma das melhores vozes que já ouvi e foram muitas. Clarão, Lady jane, areias do leblom… a voz suave, cristalina, ora suave ora forte, mas sempre quente, doce, aveludada, transporta-nos nas suas asas e faz-nos voar. Aplaudimos, gritamos, é impossível ficar indiferente aquele talento. Olívia vai dedilhando sentimentos naquela guitarra de formato vanguardista e inundando-nos a alma de sons. Ficamos presos a cada palavra, cada gesto e momento. Queremos que o espectáculo não termine, queremos ficar ali para sempre na companhia daquela figura doce e gentil que partilha sua alma connosco e que alma!
Deixo aqui algumas fotos e um vídeo de um dos temas cantados naquela noite e recomendo vivamente que descubram esta artista quer através dos seus discos, quer num qualquer próximo espectáculo que esperamos seja em breve.
Recomendo uma visita ao site em http://www.myspace.com/oliviabyington

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Os ensaios para uma noite de festa!!!

Quase toda a gente sabe que os artistas ensaiam, seja em que forma de arte for. Pois como é natural os músicos também fazem ensaios e muitos. Quando pensei nesta ideia de fazer um concerto no meu aniversário contei de imediato com os ditos ensaios para afinar a coisa. A verdade é que todos os temas que vamos tocar fizeram parte do repertório de uma banda que acabou há 13 anos e algumas destas canções já não se incluiam nos temas que tocávamos nos últimos dois anos do grupo, caso do Taste Of Women. Qual o critério? Bem, temas como My Sweet Madness, Ride, Eyes Of Fire ou mesmo Under The Spell são um emblema dos Moloc e por isso obrigatórios, outros foram escolhidos pela sonoridade ou por esta ou aquela particularidade. Entre os elementos convidados a integrar estes Moloc versão 2008, só eu e o Bruno Vale (voz) conhecemos as canções, fizemos parte do grupo original e se a maior parte das músicas e das letras foram escritas por mim, outras tiveram a letra escrita pelo Bruno, Caso de Eyes Of Fire e My Sweet Madness por exemplo. O resto dos músicos que aderiram a este projecto estão a ouvir e a tocar estes temas pela primeira vez e com um ensaio por semana, mesmo de duas horas por sessão, a coisa não é fácil. Seja como for hoje tivemos o terceiro ensaio e pouco a pouco lá vamos acertando as agulhas...

Eu desunho-me para estar atento a tudo, o Bruno só canta se for obrigado (he he he) a Sara agarra-se ao seu baixo e quer fazer tudo certinho, o Paulo Blade cola-se na guitarra e só a larga no fim - prá frente é que é caminho! A Ana (baterista) quer fazer tudo perfeito logo à primeira mas mantém sempre a boa disposição e faz com que todos nos ríamos imenso com o ar dela sempre que não acerta numa ou outra parte.

Tudo isto para dizer que está a ser super divertido ensaiar e que gradualmente vamos encaixando tudo nos lugares certos, aqui vos deixo umas fotos dos meninos em pleno trabalho.