domingo, 2 de setembro de 2007

Prioridades de uma vida incompleta...

Há muitos anos a música era a minha primeira prioridade. Eu vivia música, respirava-a e não pensava em praticamente mais nada. As guitarras, os discos de vinil (imensos), Cds e vídeos. Gastei fortunas em todas estas coisas. Eu não parava um segundo e tudo ia dar à música. Esta era a minha vida, pelo menos a que escolhera. Numa determinada fase ou em várias foi o ser músico a tempo inteiro, a agitação, as noitadas, programas de TV, espectáculos… um corrupio de quem corre por gosto não cansa.
Os anos foram passando e a vida trouxe muitas coisas, umas boas e outras nem por isso, alguns desencantos e as minhas prioridades mudaram. A música deixou de ser uma delas em definitivo. Regra geral só escuto música quando vou no carro e a rádio está a tocar, raramente pego numa guitarra a não ser para lhe limpar o pó e quanto a espectáculos pouco ou nada penso nisso. Por vezes tenho lampejos de voltar a tocar e até crio algum entusiasmo para um eventual regresso, mas é efémero pois logo de seguida arrefeço quanto ao assunto.
Uma determinada fase da minha vida, um espaço de tempo, roubou-me mais do que eu pensava e deixou-me quase vazio. Entrei em reclusão por vontade própria e nela me mantenho, fico aqui no meu canto, entre as coisas que me são queridas e não me apetece sair. Opções…
Hoje procuro recordar neste post alguns discos que me fizeram ser músico e que me influenciaram pela vida inteira: Kiss Alive II, uma experiência que até me ajudou a começar a cantar. Judas Priest Unleashed In The East Live, o meu visual enquanto músico nasceu deste disco. Ted Nugent Double Live Gonzo, a loucura total. Peter Frampton Comes Alive, ainda o acho belo como da primeira vez. Pink Floyd Dark Side OF The Moon, uma pérola eterna. Eagles Hotel Califórnia, palavras para quê? Lynyrd Synyrd mostraram-me o Southern Rock, fiquei fã e adoro todos os álbuns. Thin Lizzy Live & Dangerous não tenho palavras. Eric Claptom, uma influência e este Just One Night é o meu favorito de sempre.
A par com os discos também existem músicas que mexem comigo desde que as ouvi pela primeira vez: Addicted To love de Robert Palmer, Nottin Compares 2 U de Sinead O’Connor, You Can LeaveYour Hat On de Joe Cocker ou Purple Rain de Prince. São músicas de referência para mim.
No que respeita às muitas músicas que toquei, existe uma tocada nos concertos do Tó Neto que é uma versão do “Mama” dos Génesis. Deixo-a aqui em vídeo extraído de um espectáculo que fizemos para a RTPi. Se tiverem pachorra para o ver talvez gostem. O que me fascina nesta música é que ela é tão completa que eu tive que usar de muita subtileza para enquadrar a minha guitarra no contexto recorrendo a notas em lugar de acordes na maior parte da canção. É óbvio que tem uma parte com acordes e dois solos, mas no global tudo resultou muito bem tendo em conta que somos apenas um trio a tocar.

14 comentários:

Blade disse...

Diz me uma boa razão para não tocares de novo numa guitarra?

Blade

Carracinha Linda! disse...

Cada etapa da nossa vida tem as suas prioridades.

Acho que o Afgane se deve sentir feliz por ter tido a oprtunidade de fazer aquilo que lhe dava gozo.

E, embora as prioridades agora sejam outras, tem sempre a oportunidade de pegar numa guitarra e tocar...nem que seja só para recordar os velhos tempos!

LurdesMartins disse...

Nós também somos de apetites, não é?!?! E além disso, quando o apetite de tocar voltar, as guitarras estarão concerteza sem pó!

Boa música a do vídeo. Gostei bastante!

Beijinhos

Carracinha Linda! disse...

Afgane,

Deixei-lhe um desafio lá no meu cantinho.

Bjs

Actriz Principal disse...

Estava eu com a sensação que ouvimos músicas diferentes... e eis que falas de Pink Floyd (Dark side of the moon) e do fantástico Hotel California dos Eagles.
Quanto ao Nothing compares 2U... gosto mais do original do Prince!
Tocas bem, pá!
Beijinho

Blade disse...

ó Carracinha linda...

Qual "sentir se feliz por ter tido oportunidade de fazer aquilo que lhe dava gozo"... Que cena mais conformista...

Ele ainda pode muito bem pegar na guitarra, tocar e gozar até mais não. Nunca devemos desistir de fazer aquilo que gostamos.

Olhem mas é para os exemplos daquelas pessoas que ficam sem pernas e fazem desporto na mesma, os pintores sem braços que pintam com os pés. Esses é que são os role models a seguir...

Porra o Afgane têm uma guitarra amarela, um amp a valvulas, um chapéu e botas à Cowboy, sabe fazer palm reading, e até apareceu na RTP... Não me venham dizer que agora querem que ele vá jogar à bisca com os velhinhos do lar...

Van Dog disse...

Pode ter sido difícil enquadrares a guitarra, mas soa muito bem!

Anónimo disse...

De todos os que referiste, escolho ROBERT PALMER (magnífico - RIP) e PRINCE (génio - COME BACK!).

Eu adoro música, como sabes, mas não sei tocar um único instrumento e canto muitooo mal... Mas isso não me impede de sentir a música e de, tal como tu, não saber viver sem ela.

Afgane disse...

Blade
Já te respondi no teu blog
Abraço

Carracinha
É verdade que a nossa vida é feita de etapas no fundo encontros e desencontros. Quem sabe o amanhã?
Beijos

Lurdes
É verdade se me apetecer tocar as guitarras estarão certamente limpas.
Beijos

Actriz Principal,
Minha amiga eu ouço de tudo um pouco. Hotel Califórnia é a minha música de eleição de sempre mas adoro todo os trabalhos dos Eagles, o vídeo Hell Freezes over leva-me às lágrimas. Pink Floyd mais uma referência inolvidável sempre. Prince, um mestre tenho shows ao vivo que são pérolas.
Obrigado pelo elogio.
Beijos

Van Dog
és dos meus favoritos sempre.
Abraço

Black Cat
ADdicted to Love é um hino que adoro, Prince um génio.
Quanto ao não saberes tocar um instrumento é fácil basta aprender se vivesses aqui perto podia ensinar-te guitarra. Quanto ao cantares mal se for uma avaliação tua é suspeita he he he.
A música faz parte da nossa vida, de nós de todo o universo pois este é feito de sons, cores e luz, as sombras realçam os outros aspectos por isso são igualmente belas.
Beijos

Firehawk disse...

O menino continue lá a mjexer na guitarrinha que é bem bom o que faz. E não dispense a música por coisa nenhuma. Não vale a pena especialmente quando é ela que faz correr o sangue nas veias.
ahhhhhhhhhhhh, é verdade, um aviso senhor afegane... no meu blog não ponha so meu nome...eu sou e serei só e apenas, psyhawk

Anónimo disse...

Afgane,

O Blade falou-me de ti e fui ler o teu comentário ao blog dele.

Meu caro, prepara-te para seres deslumbrado e te sentires talvez perdido.

Foste Adoptado!

Trinity disse...

Gosto mais de cães!

Anónimo disse...

mto bom video...guitarra a alma desta musica...compreendo-te um pouco,não sou mto vivido na musica,nem perto disso mas já consegui mandar umas cabeçadas na parede a conta dela...Páááááá,mas eu gosto dela....hehehehehe

Afgane disse...

Psyhawk,
Percebido e quanto à guitarrinha vamos a ver deixemos andar o barco a ver para que porto vamos.
Abraço

Neo,
Estamos aí no paintball!!

Trinity,
Os teus desejos são uma ordem aqui tens mais um post de cães

Zero,
Cuidado com essas cabeçadas amigo.
Abraço