terça-feira, 9 de outubro de 2007

Seremos coleccionadores compulsivos?

Em primeiro lugar peço desculpa a todos quantos me visitam e que eu visito, pela minha prolongada ausência, mas o tempo tem sido escasso quer por motivos de trabalho quer por cansaço. Tenho andado para escrever um novo post há já algum tempo mas sinceramente andei algo indeciso sobre o que escrever tantos são os assuntos interessantes. Hoje optei por falar de colecções que até se podem resumir a uma quantidade de tralha que juntamos ao longo dos anos.
Muitos de nós, quase sem querer, vamos guardando terços disto ou daquilo, amontoamos revistas, discos, CDs e sei lá o que mais quase sem darmos conta. Algumas coisas por gosto, outras simplesmente por casualidade, as revistas por exemplo. No meu caso é compulsivo: guardo tudo!!! Na minha casa é frequente encontrar guitarras, coisas sobre música, quadros, papeis, revistas, livros, miniaturas de Lamborghinis e figuras dos Kiss ou de qualquer outro músico de que eu gosto e até unicórnios he he he. Gosto de guardar coisas essa é a verdade, fotografias então nem se fala.
Em tempos tive mais de 2000 Lps e posteriormente o mesmo número de CDs, um dia vendi a maior parte e fiquei apenas com os que realmente ouço com regularidade ao longo dos anos. No caso das guitarras a coisa foi mais complicada pois gosto de todas quer pelo design, formato ou simplesmente pelo valor sentimental. Na verdade cada objecto, peça ou pedaço de papel representa um fragmento da minha vida, dos meus interesses ou até da minha curiosidade e isso atribui-lhe um valor intrínseco que me impele a guardar. Ainda recentemente ao ajudar uma amiga com o seu programa de rádio acabei com uma imensidão de ficheiros mp3 com músicas que já não escutava há mais de 20 anos e que redescobri agora com prazer. Gosto de coleccionar canetas por exemplo. Na verdade o que nos leva a coleccionar? Será o simples prazer de termos as coisas? Será a necessidade de suprir um qualquer carência afectiva ou simplesmente o querer preservar coisas e momentos que em determinada altura se revelaram importantes e estão impregnadas de sentimento e diversificados laços afectivos?
Em determinadas alturas faço uma limpeza geral e deito muita coisa fora mas curiosamente, no final, verifico que o espaço ocupado é o mesmo que anteriormente. Lembro-me de ter feito uma escolha na minha roupa, algumas peças com mais de 10 anos. Só t-shirts tinha mais de 150 imaginem. No final dei para instituições mais de 3 sacos gigantes, daqueles do lixo, os pretos, curiosamente nem por isso o meu roupeiro ficou menos cheio. Sapatos e botas outra colecção! Não há qualquer dúvida sou mesmo coleccionador seja lá do que for que desperte o meu interesse e vá ao encontro dos meus gostos. No entanto, aquilo que gosto mesmo é de guitarras. Já tive mais de 50 que reduzi primeiro para 30 e posteriormente para 20. Hoje tenho apenas 10 das mais significativas mas existe sempre espaço para mais uma he he he. A minha casa sem guitarras seria a mesma coisa que um funeral sem o morto já que o padre é dispensável. Aliás, um dia que eu morra e passe para o outro lado (lagarto, lagarto) se não existirem lá guitarras venho-me embora!

12 comentários:

V. disse...

As nossas casas acabam por ser o templo das nossas vidas, onde vamos guardando todos os objectos que nos trazem à memória determinadas passagens por ela.

Eu não guardo muitas coisas. Não gosto de olhar para trás, já basta a minha memória a fazer-me recuar no tempo muitas vezes nos momentos em que ue menos quero.

Beijinhos!

Anónimo disse...

olá

eu gostava de coleccionar ossos roídos, mas a minha dona não deixa ;0(

ah, sugiro que quando morreres leves logo uma guitarra, para o caso de no outro lado não haver...

slap's aos montes

Maria Cristina Amorim disse...

Eu já tive a mania de colecionar porta-chaves, imagina só.
Um dia que passes para o outro lado, tens todo o direito de reeivindicar o direito ás guitarras, porque não?
Beijos.

Van Dog disse...

Obrigado, Afgane!
Eu por mim coleccionava pantufas velhas...
(sabes, cheira-me que onde quer que tu estejas há-de haver imensas guitarras...)

Ana disse...

Pois, olha... a minha panca são mesmo os relógios! Tenho p'ra aí uns... nem sei, tenho de os contar um dia...mas com certeza são perto de 100!
Tive de lhes tirar as pilhas, senão... imaginas, não é? Nem dormia!

Ahh! E colares! Uma gaveta grande cheia e mais umas dezenas pendurados!

Enfim, coisas de gaja mesmo;-))

Bjokas

Diabba disse...

Eu gostava mesmo mesmo mesmo era de coleccionar notas de 500€, isso é que eu gostava!!

Falaste em unicórnios?? tenho um e um cavalo alado, e um diabinho e um fantasminha, um burro (pequenino, em madeira) e e e e...
ok confesso, gosto de bonequinhos!!

beijo d'enxofre

Carracinha Linda! disse...

Estou como a Diabba: gostava era de coleccionar notas de 500 €!!!! :D

Acho que todos nós, ao longo da nossa vida, vamos guardando os objectos que nos transmitem algum signficado. No caso do Afgane, com uma vida ligada á música, é perfeitamente normal que tenha coleccionado LP's, CD's e guitarras. Em tempos também eu tive as minha colecções, embora não tão significativas. Coleccionei postais, posters e canetas. Hoje em dia não tenho qualquer colecção...voltas da vida.

Bjs

CAP CRÉUS disse...

Realmente não sei porque colecionamos o que quer que seja.
Já tive umam enorme colecção de latas, que hoje me arrependo de ter deitado fora, já fiz colecção de caixas de fósforos, de calendários, de elefantes (esses ainda lá estão) e hoje em dia colecciono copos, que compro, que peço emprestado, o problema é que não se onde os colocar!
Se houvesse um Museu do copo...
Mas tu és realmente um verdadeiro coleccionador :-)
Abraço

Afgane disse...

Thunderlady,
Concordo que as nossas casas são o santuário da nossa vida. Na verdade eu guardo as coisas porque me dá um enorme prazer conservá-las ou porque me sinto ligado a elas seja qual o motivo for. É uma tara como outra qualquer, mas como no dia em que distribuiram o juízo eu faltei à chamada heheh fiquei tarado a tempo inteiro.
Beijos

Marla,
Essa do ossos roídos é complicado. Em tempos eu cozia os ossos para lhe extrarir o tutano e seguidamente colocava-os a secar ao sol. Depois de secos cortava-os e fazia pestanas (por onde passam as cordas no braço) para as guitarras he he he
Beijos

Pandora,
Também já juntei porta-chaves e quanto a exigir guitarras do outro lado podes ter a certeza, Sem guitarras não fico em lado algum
Beijos

Van Dog,
Amigo apoio essa das pantufas, afinal temos que nos rodear das coisas que gostamos. Quanto ao facto de onde eu estiver haver imensas guitarras podes ter a certeza porque é verdade he he he
Abraço

Ana,
Imagina tu que me esqueci de mencionar relógios he he he tenho pelo menos 20 de várias cores e formatos por isso compreendo a tua panca. Colares não tenho mas tenho fios e brincos do tempo em que usava, alguns ainda estão comigo. E, para finalizar os aneis que são muitos e alguns peças exclusivas he he he
beijos

Diabba,
Para coleccionar notas eu escolheria as de €500 porque não conheço mais elevado he he he quanto aos bonecos como viste pelo post bonecada também é comigo.
beijos

Carracinha,
Eu sempre coleccionei coisas, revistas é um dos casos, tudo o que se relacione com música e por aí fora. Quanto mais não sej colecciono histórias de vida e de momentos que ficam para sempre no armário do meu coração.
Beijos

Cap Créus,
Olha eu em tempos coleccionava copos com os amigos, mas só valiam os que conseguíamos roubar dos diversos locais a que íamos he he a colecção tinha assim mais valor he he he!
No fundo eu nem gosto de coleccionar, gosto é de juntar tralha.
Abraço

Rita disse...

Pois eu gosto de trazer um iman p/o frigorifico, de cada país que visito (não é que eu seja muito viajada) e gosto de marcadores de livros (isto talvez porque adoro livros e adoro ler)...
Jokas

CAP CRÉUS disse...

De cada local que visito também trago um íman para o frigorifico.
É para além de uma coelcção uma forma de viajar em casa...

Anónimo disse...

Eu também era uma coleccionadora inveterada!

Sendo amante de música e de cinema, guardava as revistas todas da especialidade… Um dia, ao debater-me com a falta de espaço, deu-me uma fúria e zás! reciclagem com elas todas! O primeiro dia foi complicado, sentia saudades das minhas revistas, mas o facto de ter ganho espaço na arrecadação fez superar o saudosismo!

Hoje em dia deixei-me de ‘apegos’… apenas guardo livros e discos (vinis e compactos)… Mas ainda não superei o vicio dos marcadores de livros com gatos… mas nada que uma psicanálise não resolva! :-)