Dizemos muitas vezes que isto ou aquilo está na moda no que se refere a roupa, mas qual moda? Mas quem é que dita ou institui a moda?
Quando estamos na moda quererá isso dizer que vestimos dentro de um padrão e linha comuns a uns milhões de pessoas em todo o mundo? Ou seja andamos mais ou menos todos vestidos de igual?

Tanto quanto sabemos a dita moda nasce da mão dos criadores que com os estilistas elaboram as suas criações obedecendo a padrões. Claro que a maior parte da roupa que usamos não vem dos criadores de elite mas de outros ao serviço de certas empresas de confecção ou mesmo de multinacionais com múltiplos pontos de venda que criam uma marca, recebendo criações das mais variadas empresas de confecção com os seus próprios estilistas.

Muitas lojas possuem artigos exclusivos cuja quantidade produzida faz com que facilmente nos cruzemos com alguém usando uma peça semelhante à nossa até na cor. A alta-costura não é para todos, muito embora hoje muito mais vulgarizada e acessível para muitos de nós.
Eu sempre comprei roupa nos mais variados locais e com preços diferentes. A minha primeira opção é gostar visualmente da peça e em seguida visualizar-me nela, finalmente observo a qualidade e só depois destes critérios me decido pela compra, independentemente do preço. Sempre achei que qualquer trapinho me fica bem em virtude de ser magro.




Tenho preferência pelo estilo desportivo, mas no meu guarda-roupa existe de tudo: casual, informal e clássico.
Desde muito novo procurei definir um estilo próprio e o mais original possível em função dos meu gostos e preferências, mesmo quando as situações nos obrigam a optar por uma certa linha de vestuário. Talvez por ser uma pessoa algo multifacetado tenha a tendência para ser algo camaleónico no vestir: gosto de estar enquadrado com o ambiente em que me encontro preservando a minha personalidade.
Uma das maiores dificuldades que encontrei ao longo dos anos foi conseguir encontrar fatos fora dos padrões comuns e dos tons cinzentos, pretos ou azul-escuro. Todos os fatos parecem conservar-se inalteráveis de ano para ano. Compramos hoje e dez anos depois continua na moda, o clube dos sempre iguais. Neste caso sou obrigado a dar a mão à palmatória e dizer que só encontro o que quero em criadores como Boss, Versace ou Armani, estes para o meu gosto pessoal. O problema é que na maior parte dos casos os meus gostos não

são compatíveis com a carteira e aí a coisa complica-se. A complicação é maior quando alguém como eu tem uma predilecção e fascínio pelos criadores italianos, isto para os carros (Não estou a falar da Fiat), calçado e roupa. É uma tara como outra qualquer e gostos não se discutem.
Há muitos anos, na minha busca pela novidade cheguei a comprar certas peças em lojas para senhora que depois converti para mim mediante algumas alterações e acreditem foram um

sucesso. Sou um apaixonado pelo branco e na década de setenta não existiam, pelo menos no início, botas brancas para homem. Descobri que algumas das de senhora podiam ser adaptadas para homem e num ápice passei a usar botas brancas muito antes de elas surgirem na versão masculina.
Uma coisa eu descobri em todo este processo: não importa o que usamos, o importante é olharmos nos espelho e gostarmos do que estamos a ver sentindo-nos felizes com a imagem obtida. Se sentirmos que estamos bem isso transmite-se aos outros e seremos um sucesso. A moda somos nós que a fazemos, peça aqui, peça ali, tudo temperado pela nossa maneira ser e pela forma como lhe imprimimos originalidade.


Perdoem se o manequim apresentado para ilustrar este post não é nenhum Adónis musculado, mas acreditem que ficou bastante mais barato em honorários e nem tive que pagar ao fotógrafo ou quaisquer direitos pela utilização das fotos. As roupitas, essas felizmente já estão pagas.